6 de jun. de 2015


Ver meer. Fernando Fuão. 2014

O dia que a terra parou. Fernando Fuão. 2014

Ver o mundo. Rufino Becker. collage. 2015

4 de jun. de 2015


Olhares. Mies van der rowe. Fernando Fuão. Collage. 2014
abdi action. Fernando Fuão
Abdução. collage. Fernando Fuão. 2016
le corbusier, plan voisin. Rufino Becker . collage. 2015
Viagem - olhar estrangeiro

Marcia e Mauricio Planel, atados pelo fio da collage, viajam, andam juntos construindo lugares inusitados. Trabalham sobre destroçado, fragmentado, desatado, cheio de cacos; re-ligam tudo por onde seus olhos passam.  Para os que fazem collage, o amor é o fio (o philo); a corda que ata as figuras, as coisas, os seres, as fronteiras do tempo, do espaço e da existência. A corda é o que aciona o movimento, a (an)dança das figura nas caixas de música, ou sobre a folha de papel. A collage (e)motion.
Cada um a seu modo, tem um estilo inconfundível, a palavra estilo refere-se ao estilete, aquilo que inscreve em profundidade, na profundidade do sentido e do significado. Ato sensível, delicado, preciso e inconfundível, seus trabalhos circulam entre os rasgo manuais e corte digitais, mas tudo trabalho da mão, do toque e do ‘com-tato’. Fato esse que se relaciona ao carinho e cuidado que tratam as figuras e imagens.
Esse é corte que libera as figuras errantes para os encontros assim as figuras vão se juntando, se casando; o resultado são estranhos seres objetos e paisagens surreais.  No trabalho de Marcia tudo se transfigura em outra coisa, nada é o que é, tudo está no lugar de outro, substituindo, tudo se junta numa coisa só; nos trabalhos do Mauricio tudo concorre para a narrativa, num constante reenvio de uma figuras para outra, em relações de associações, construindo contextos fictícios onde o humano sempre assume o primeiro plano. Mauricio faz collage para ilustrações editoriais para diversas revistas, narra através de insólitas imagens os conteúdos das matérias.
Há um sentido de verticalidade na forma em que Marcia constrói suas collages, se sobrepõem como um edifício formando um corpo único, centralizado dentro do quadro, em Mauricio: um predomínio da construção das relações a partir das figuras humanas, numa estrutura clássica da imagem, a figura humana em primeiro plano. Nessa seleção e collages do Mauricio nos propicia uma revisão da cultura dos anos 50-60, da tecnologia e sua cultura Pop, e sobretudo das relações de poder e totalitarismo. Ali estão temas como: som-música, florais, motores e potencias, orbitas e luas, hastes-remos, pernas-amputações. Temas esses que de alguma forma funcionam como metalinguagem das caixa; alguns deles relacionado ao movimento, a viagem.
Os processos de construção das collages dos dois são muito próximos, mas há variações. As collages de Marcia começam como colagens feitas com a mão e coração (handmade collage), uma figura se junta a outra para dar a partida, essa é a base e o início de tudo o que se segue. Como ela mesma diz: “uma espécie de relação fechadura-chave”, uma relação de hospitalidade entre as figuras; a fechadura é a figura receptáculo e corresponde exatamente a figura da espera, a figura do hospedeiro na collage, a figura de base que recebe as outras. A fechadura é por onde posso olhar para o outro lado mas ainda não posso abrir a porta porque ainda falta a chave, o hospede exato, a figura do errante para abrir.
A "chave" é parte digital que Marcia acrescenta, posteriormente, à parte feita a mão, à espera: a fechadura, que dá início a abertura, questão essencial ao acolhimento na collage.
Todas as construções entre, e com, figuras se dão a partir dessa relação, que na maioria das vezes é transfiguradora de sentido, mais iluminadora. A transfiguração é uma característica bem clara, para ambos artistas, desde o início de seus trabalhos.
As caixas de musica da Marcia são um universo a parte, são camadas de imagens que se colocam como um labirinto, ao ser acionada a corda pelo visitante. A corda acorda as figuras para a dança, a (an)dança circular e orbital, faz o olhar caminhar pelo labirinto das imagens dispostas atrás. Tudo se junta e se disjunta num jogo caleidoscópico. O coração da caixa de música é o motorzinho exposto, a corda; o cilindro e suas hastes ‘comcordam’ e discordam tudo, aciona a relação do encontros e a circulação, o cíclico das imagens, tudo gira em torno de si mesmo como ‘sufis’.

Fernando Fuão. Abril 2015
Meu ponto cego. Marcia Planel
Vermelho e dourado. Mauricio Planel

29 de mar. de 2015

RENATO SOUZA. 
Navalha vestida de sol. poemas e collages.
Coleção OCULTURA.  EDIÇÕES LOP LOP. São Paulo. 2014


  


10 de jan. de 2015



AGORART: un aullido creativo

El grupo surrealista Agorart surgió en Ámsterdam (1999) y desde sus inicios se distinguió por su multiplicidad cultural, sin tomar en cuenta credos, sexos, ni nacionalidades.  Fue fundado por los artistas Amirah Gazel  (libanesa-costarricense) y Miguel Lholé (argentino-holandés). Poco a poco se le fueron sumando otros integrantes de diversas latitudes.

En el viejo Continente, van a participar en una nutrida cantidad de exposiciones de pintura y escultura, arte objetual, poesía visual, escritura automática, el collage. 
En sus creaciones sobresalen  las multiformas inconscientes, el magicismo (animismo) latinoamericano, la poesía visual orgánica y las acciones en vivo. Son célebres sus participaciones en bienales surrealistas y espectáculos públicos en ciudades como Bruselas, Praga, Ámsterdam, y Lisboa.

En el 2010, Agoraart se traslada a San José, Costa Rica. Recuerdo una noche teñida de bruma y texturas de platino incandescente.   No sé, como me llegó un halo de luz, una señal de humo,  para concurrir a una invitación sugestiva. Llegué con otros artistas de la ciudad. Fuimos al oeste de la capital, a barrio México.  En una especie de galpón,  con paredes de zinc, brillaba un crespón de luz violeta  ultramarino. Desde la entrada, la anfitriona –Amirah–, nos recibió con una amabilidad y calidez sorprendente.

El amplio espacio del galpón estaba ornamentado por lámparas que parecían salidas de las Mil y una noches, espejos convexos,  una antigua máquina de escribir, esculturas abstractas  y una mixtura de creaciones semejantes a la bola de cristal en manos de un prestidigitador.  En medio de imágenes oníricas y conversaciones llenas de amenidades se disipó la noche…
Hace cuatro meses Agorart, se instaló en barrio Amón-Amor. Su “trinchera”, es una rancia edificación donde sobresalen los símbolos herméticos,  las alegorías y mitos presentes de Oculta, según las aprensiones del profesor Tauro.

En los meses de Agosto y Setiembre del 2014, – como un brochazo cósmico–, hemos realizado varias complicidades en conjunto: el lanzamiento de la revista Matérika, recitales de poesía, y una exhibición de 11 artistas matéricos internacionales.

El Grupo Agorart, es un nervio activo en la producción de ideas artísticas, es generador de amistad y libertad creativa, y sobre todo es un bastión de la imaginación de nuestro tiempo.
Ahora, nos unimos a la meteórica ruta de la revista Punto Seguido y decimos con Antonín Artaud: “Poeta  negro, un seno de doncella/ te persigue,/ poeta agrio, la vida hierve/ y la ciudad arde,/ y el hielo se deshace en lluvia,/tu pluma rasguña el corazón de la vida”.
  
ALFONSO PEÑA
Escritor

http://www.arteandromeda.com/


* Texto publicado nas revistas Punto Seguido em Medellín, Colombia e na revista Incomumidade, Portugal.







Collage. AMIRAH GAZEL. 2014